RELATÓRIO
Aluna: Maria Luiza Pérola Dantas Barros
Analisando os arquivos disponíveis acerca da Olimpíada Nacional de História do Brasil, promovida pela Unicamp, para atividade da disciplina Didática e Metodologia do Ensino de História, podemos perceber alguns aspectos positivos e negativos que merecem destaques.
Nos aspectos positivos vale perceber que as questões não se baseiam apenas em "puro conteúdo didático", a chamada "decoreba". Elas contam com imagens (pinturas, grafite) para serem relacionadas com o tema abordado em cada questão.
Há também a utilização de trechos de documentos históricos, como por exemplo, a Carta de Padre Antônio Vieira e a Carta da Constituição de 1824, o que possibilita um "confrontar", por parte de quem responde a prova, o conteúdo estudado com o documento histórico.
Nos aspectos negativos, o que mais merece destaque é o fato da prova deixar a desejar no que se refere a problematização de temas recorrentes na historiografia brasileira, como na 4ª edição da mesma.
Nela abordam-se temas como a "Descoberta do Brasil", sem no entanto preocupar-se com problematizar a questão, nem inseri-la no contexto dos novos debates historiográficos. O que há é uma repetição do tradicional, no que se refere à "Descoberta" como algo "por acaso", ou aos "índios" como passivos durante o processo de colonização, por exemplo.
Assim podemos perceber que muito mudou no que se refere a forma de se avaliar um estudante a respeito do conteúdo visto. Mas sabemos que, de acordo com Christian Laville, em A guerra das narrativas: debates e ilusões em torno do ensino de História, muito precisa ser melhorado no que refere aos processos de avaliação de conteúdos, a fim do mesmo poder contribuir ao aluno um desenvolvimento de uma autonomia intelectual e o pensamento crítico.